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A PELE QUE HABITO

  • gavetapsi
  • 5 de abr. de 2016
  • 12 min de leitura

UMA ANÁLISE DA ESTRUTURA PERVERSA

A PARTIR DO PERSONAGEM DR. ROBERT LEDGARD

CABRAL, A.D.S., COSTA, M.D.P.L. FREITAS, P.N.P. MIRANDA, F.D.S. OLIVEIRA, L. L.D., SANTOS, L.C.D.

RESUMO

Considerando que todo filme sempre irá trazer em seu roteiro personagens com vivências e histórias embora fictícias, pode-se dizer que é possível analisá-lo psicologicamente, ou que todo filme possui um teor psicológico, transformando a sétima arte em uma ferramenta útil de estudos, pesquisas e análises dos comportamentos e perfis dos personagens. Sabe-se que a psicanálise trabalha com as grandes categorias clínicas que são a neurose, a psicose, e a perversão. Diante disso, o presente trabalho objetivou unir a ciência e a sétima arte, ao analisar um personagem do filme A pele que habito e definir qual a estrutura clínica do mesmo. O filme apresenta a história do Dr. Robert Ledgard, que após o suicídio da filha, a qual desenvolveu uma série de problemas psicológicos devido a um provável estupro, decide vingar-se do suposto estuprador. Para isso, ele desenvolve um plano ardiloso e maquiavélico e vai até as ultimas consequências para consumar sua vingança. O Dr. Robert Ledgard foi o personagem analisado e após a observação de seus comportamentos, concluímos que o mesmo possui uma estrutura perversa, uma vez que foi possível observar através de suas condutas, evidências que justificam essa conclusão. A realização do presente trabalho foi relevante uma vez que foi possível visualizar na prática a teoria psicanalítica das estruturas clínicas, bem como vislumbrar o perfil de um sujeito com estrutura perversa, o que no proporcionou compreender o diagnóstico clínico a partir de um estudo de caso.

INTRODUÇÃO

O cinema está permeado de histórias que nos contagiam. Por manter uma estreita relação com nosso imaginário, despertam sentimentos e emoções, pois muitas vezes nos identificamos com os personagens, quer por nossas próprias experiências, quer por nos remeter a alguma situação familiar.

Considerando que todo filme sempre irá trazer em seu roteiro personagens com vivências e histórias mesmo que fictícias, pode-se dizer que é possível analisá-lo psicologicamente, ou que todo filme possui um teor psicológico, transformando a sétima arte em uma ferramenta útil de estudos, pesquisas e análises dos comportamentos e perfis dos personagens.

É o que tem ocorrido em inúmeros filmes. Cada vez mais se aborda questões especialmente voltadas a psicologia. A psicanalise, o inconsciente, as psicopatologias, a personalidade humana, são fontes para roteiros inteligentes que além de simplesmente entreter, informam e proporcionam o conhecimento de temas relevantes, tornando a ciência mais acessível.

Diante disso, o presente trabalho objetivou unir a ciência e a sétima arte. Sabe-se que a psicanálise trabalha com as grandes categorias clínicas que são a neurose, a psicose, e a perversão. Através do filme A pele que habito, do diretor Pedro Almodóvar, conhecido por abordar temas polêmicos e instigantes, pretendemos analisar o personagem Dr. Robert Ledgard e a partir das observações de sua conduta, caráter e comportamentos, indicar qual a estrutura clínica do mesmo.

Inicialmente será apresentada uma breve descrição do filme, seguida pela exposição das principais características da estrutura clínica, e posteriormente será apresentada uma discussão associando a personagem à estrutura clínica justificando nossa interpretação.

DESENVOLVIMENTO

Descrição do Filme

O filme se passa em Toledo, 2012, e está dividido em dois momentos, o presente e o passado. Apresenta a história de um cientista e conceituado cirurgião plástico conhecido como Dr. Robert Ledgard, que pesquisava uma pele capaz de resistir ao fogo e a qualquer dano. Tinha uma clínica particular em sua mansão chamada de El Cigarral, onde vivia com uma mulher chamava Marilia, governanta da casa, e uma paciente presa em um quarto, conhecida como Vera. Apresentou em um Seminário Internacional de Biomedicina sua pele artificial que deu o nome de Gal, uma pele que segundo ele era resistente a picada de qualquer inseto, inclusive o da malária. Relata que o nome Gal era em memória de sua esposa. E ao ser questionado de como conseguiu endurecer a pele, pois só haveria uma forma que era através de mutação/transgênese, e mesmo sendo advertido de que deveria parar suas pesquisas sobre a pele, ele diz que não haveria com o que se preocupar. Relata que fez por aventura pessoal, em memória de sua esposa, com o fim de ampliar seus conhecimentos. Porém ele prossegue, adotando assim, uma conduta antiética.

Robert não sabia, mas Marilia que era sua mãe tinha outro filho chamado Zeca, ele era um ladrão, que foi visitá-la enquanto Robert estava fora. Então permite sua entrada no jardim para vê-la, mas não na casa, mesmo assim ele invade a casa e ao ver pelos monitores Vera presa no quarto diz que a conhece, então ao conseguir destrancar a porta de seu quarto a violenta sexualmente e pergunta como conseguiu se salvar das chamas. Robert ao chegar e observar Vera naquela situação atira em Zeca e a salva, onde se percebe que ele nutria por ela uma paixão.

Ao trocar os lençóis cheios de sangue do seu filho, Marilia afirma que apesar dos pais serem diferentes os filhos nasceram loucos. E relata: “A culpa é minha. Trago a loucura nas minhas entranhas”. Mas em todo momento percebe-se que Marilia tinha mais apego e admiração pelo seu filho Robert. Então ao passar tudo isso Vera pergunta a Marilia porque Zeca havia falado que a conhecia, e ela assim diz que a confundiu com a Gal, esposa de Robert, onde volta ao passado e relata que a mesma havia fugido com Zeca e no caminho ocorreu um acidente em que ele fugiu e ela foi salva por Robert que cuidou dela e a manteve viva, embora a mesma estivesse deformada fisicamente. Em que ao ver seu rosto refletindo na janela se suicidou caindo da própria janela da casa. E conta também que sua filha pequena chamada Norma viu a cena da mãe morta e que seguiu o mesmo caminho dela. No tempo presente, ao voltar para casa, depois de enterrar o irmão, Robert tem relações sexuais com Vera e ela reclama de dores, então ele não força e diz que está tudo bem.

Voltando ao passado, há seis anos, onde sua filha já havia crescido e se tornado uma bela jovem, estava em uma festa de casamento com ele e trocava olhares com um jovem chamado Vicente que a leva para caminhar no jardim, onde tenta ter relações sexuais com ela mais ela grita e ele bate nela deixando-a desmaiada. Robert ao sentir falta de sua filha foi até o jardim procurá-la e foi quando viu um homem de moto indo embora, este homem era Vicente. Mas à frente, ao encontrar sua filha desmaiada tenta acordá-la e quando desperta ainda assustada, pensa que o pai tentou assediá-la.

Vicente trabalhava no Ateliê de sua mãe e em certa noite ao deixar o local na sua moto é seguido por Robert que já o esperava, então o sequestra e leva para a sua clínica onde ficou preso a correntes e sem alimento por alguns dias. Ao voltar do velório de sua filha que havia se suicidado como a mãe, Robert leva Vicente para a sala de cirurgia em que médicos, sem ter conhecimento do que estava ocorrendo, pois ele havia dito que era desejo de Vicente realizar o procedimento de troca de sexo, ajudam Robert a realizar a cirurgia e é aí que se inicia toda a transformação. Ao despertar Robert fala que fez uma Vaginoplastia no jovem e o tranca em uma sala em que mostra para ele uma caixa com vários dilatadores em forma de pênis, de diversos tamanhos e diz que ele deveria introduzir em seu orifício para ajudar a mantê-lo aberto e mais profundo, que era para ele pensar que a vida dele dependesse daquele orifício, que começasse introduzindo o menor deles e que aos poucos caberia o maior sem esforço, e assim a pele estaria perfeitamente cicatrizada. E quando Vicente pergunta porque ele estava fazendo tudo isso, Robert fala que aquela moça que ele assediou na festa de casamento era sua filha. Robert então, aos poucos vai trabalhando em Vicente e o transforma totalmente em uma mulher, lhe dando uma nova pele, mais resistente e macia, seios e cabelos, e lhe dá o nome de Vera. Onde o rosto que a deu era idêntico ao de sua falecida esposa. Robert então traz para sua casa Marilia e foi quando conheceu Vera, e relata que se parece muito com sua esposa Gal.

De volta ao tempo presente Vera tem uma conversa com Robert e fala que ele a prometeu que não iria mais trancá-la e que era livre, e que ela havia prometido que jamais o abandonaria. Então Robert pede que Marilia a acompanhe para fazer compras. Logo depois eles têm relações sexuais, onde novamente Vera se queixa de dores, então ao pegar um creme lubrificante que Robert pediu, volta para o quarto com uma arma em punho e atira em Robert, o assassinando e depois atira também em Marilia, fugindo e voltando para a sua casa.

A Estrutura Perversa

De acordo com a etimologia a palavra perversão deriva de per+vertere, que quer dizer: pôr as avessas, desviar, desvirtuar, o vocabulário da palavra nos mostra o ato do sujeito perturbar a normalidade das coisas, desafiar as leis habituais, mesmo consciente de que seus atos ultrajam seus pares e a ordem social na qual está inserido. Analisando pelo ponto de vista psicanalítico o termo deriva das introspecções sexuais vividas pelas crianças durante sua infância, e posteriormente reapresentadas em forma de comportamentos pelos adultos (ZIMERMAN, 2008).

Para Lacan, a perversão é estruturada no elemento articular do complexo de Édipo, para ele existe três campos articulados, são eles: primeiro tempo (dialética do desejo), segundo tempo (dialética do ser – inauguração da simbolização), e o terceiro tempo (dialética do ter – declínio do complexo de Édipo). As identificações perversas se apresentam no segundo tempo (dialética do ser – inauguração da simbolização) (PIRES, et al., 2004).

Porém, a perversão é vista por muitos autores como um estudo a ser analisado dentro e fora da psicanálise. Isto se dá pelo fato dessa estrutura não ser apenas sexual, inclui outros campos como as perversões morais, sociais e alimentares. Mas também precisamos identificar que perversão não é sinônimo de perversidade. Na Perversão a estrutura se organiza como defesa contra angústias persecutórias, depressivas especialmente de desamparo. Enquanto a outra se refere à crueldade e malignidade, percebemos então que uma palavra é totalmente oposta à outra (ZIMERMAN, 2008).

Pacientes com estrutura perversa apresentam uma série de características clínicas dentre as quais se podem destacar evidências de uma mãe simbiótica e narcisista que usa o filho como mera extensão sua. Outra característica é o fato de esses pacientes possuírem baixa tolerância a frustrações e evitar entrar em contato com verdades que de certa forma, são desagradáveis para eles. O perverso sempre busca preencher uma falta de algo ou alguém do passado que consinta e complete a ilusão que ele procura e também toda pessoa perversa apresenta uma dissociação em sua personalidade. Essas são algumas características de um paciente com estrutura perversa (ZIMERMAN, 2008).

Para a psicanálise freudiana a perversão teria duas formulações. A primeira é a de que a neurose é o negativo da perversão, ou seja, enquanto o neurótico expressa o que reprime através dos sintomas, o perverso expressa diretamente em sua conduta sexual. E a segunda é que a perversão sexual é o resultado da decomposição da totalidade da pulsão em seus primitivos componentes parciais, quer por fixações na evolução da sexualidade, quer por regressão da pulsão a etapas anteriores á organização genital da sexualidade. A primeira formulação não é mais aceita pelos autores modernos uma vez que eles acreditam que a perversão possui uma estrutura própria (ZIMERMAN, 2010).

O conceito de perversão admitido atualmente é de que ela implica na existência de um tipo particular de vínculo interpessoal, que resulta em um jogo de identificações introjetivas e projetivas de núcleos psicóticos, que são processados pelos participantes da relação de uma maneira que um fica preso ao outro. Mas nesta relação o outro não está completamente internalizado, como essa discriminação do perverso é precária ele não vai permitir que o outro seja autônomo e diferente dele, e não o considera já que o parceiro (partenaire) deve funcionar como um “fetiche intermediário” (ZIMERMAN, 2010).

DISCUSSÃO

Diante das características que fazem parte da estrutura perversa apresentadas no presente trabalho, concluímos que o Dr. Robert possui tal estrutura uma vez que aspectos inerentes ao sujeito perverso são identificados no mesmo.

Para Lacan, a perversão é estruturada no elemento articular do complexo de Édipo e que as identificações perversas se apresentam no segundo tempo (dialética do ser – inauguração da simbolização). Neste tempo específico a criança é introduzida no medo da castração, originando-se assim a perversão para a psicanálise (PIRES, et al., 2004).

Apesar da infância do Dr. Robert não ter sido abordada no filme e não ser possível acompanhar a formação da estrutura perversa no mesmo sabe-se que quase sempre - sujeitos perversos possuíram uma mãe simbiótica – sedutora erógena e/ou narcisista- que exaltam o filho e o usa como uma extensão sua (ZIMERMAN, 2008).

Embora o Dr. Robert não soubesse ele era filho de Marilia, a governanta da casa, uma mulher com claros sinais de desequilíbrio emocional. A mesma era mãe de dois filhos, que não sabiam que eram irmãos e que viviam em constante desentendimento. É possível perceber sua preferência pelo filho Robert e o quanto ela o admirava. Os dois irmãos cresceram e tomaram rumos diferentes embora ambos, à sua maneira, possuíam transtornos: Um era ladrão e o outro um médico que realizava, ás escondidas, experimentos em seres humanos. É a própria Marilia que afirma que apesar de pais diferentes os dois filhos eram loucos e se responsabiliza: ”A culpa é minha. Trago a loucura nas minhas entranhas”.

Segundo Zimerman (2010), um sujeito com estrutura perversa, tende a perturbar a ordem ou o estado natural das coisas, ou seja, desviar a ordem natural. O sujeito com perversão não vê nada de anormal ou incomum nessas alterações, antes as considera boas e normais para a ética do mundo em que vive. Isso significa que ele terá que escolher entre uma conduta oposta à conduta normal. Ele é consciente disso e sabe que suas ações desafiam a lei e ofende seu próximo e a ordem social.

Vemos claramente essa característica no Dr. Robert, uma vez que o mesmo rompe com a ética sobre as experiências com transgênese em seres humanos. Mesmo depois de advertido de que deveria parar com tais experimentos ele prossegue, adotando uma conduta antiética além de estar consciente que estava causando dor e desconforto em sua “cobaia”. Podemos perceber que o mesmo cria seu próprio senso de justiça ao sequestrar, torturar e mudar drasticamente a vida de Vicente transformando-o em outra pessoa. O mesmo agia naturalmente como se seus atos nada tivessem de anormal ou incomum. Ele cria seu próprio mundo e suas leis.

Outro aspecto da perversão é que sujeitos com essa estrutura possuem baixa tolerância a frustrações e preferem viver em um mundo de ilusão, evitando entrar em contato com verdades (internas e externas) desagradáveis e sofridas (ZIMERMAN, 2008).

Dr. Robert convivia com verdades dolorosas: A traição e suicídio da esposa e o possível estupro e suicídio da filha. Para conseguir viver com tais verdades ele cria seu mundo de ilusão. Primeiro acreditou que era possível recuperar a saúde da esposa que encontrou em chamas após um acidente de carro que ocorreu quando ela fugia com o amante. Ele a mantém viva embora a mesma estivesse deformada fisicamente. Com a experiência com a sua cobaia não foi diferente. Após transformar Vicente em uma mulher, põe nele um rosto idêntico ao de sua falecida esposa e se apaixona por ela, passando a viver na ilusão de que Vicente/Vera era a esposa perdida, demonstrando mais uma vez sua intolerância a perdas. No momento final onde ele decide viver com Vera/Vicente como se nada houvesse acontecido, ele demonstra a baixa tolerância a frustação e uma nítida preferência pela ilusão. Consequentemente evita entrar em contato com as penosas verdades, este comportamento é característico da perversão (ZIMERMAM, 2010).

O Dr. Robert tenta preencher a falta de sua esposa com a sua cobaia. O mesmo esperava que Vicente/Vera pudesse ser cúmplice de sua ilusão. A perversão é sempre resultado de uma busca de encontrar preencher a “falta” de algo ou alguém do passado, ou seja, o perverso precisa de um parceiro (partenaire) que consinta e complemente a ilusão daquilo que ele procura. O sujeito perverso apresenta uma compulsão a idealizar, pretendendo impor aos outros as suas ilusões (ZIMERMAN, 2008).

No momento que Dr. Robert decide transformar Vicente em mulher ele está praticando a sua válvula de escape, pois o perverso não procura em primeiro lugar a sexualidade e sim um escape contra as ansiedades paranoides e especialmente as depressivas. Podemos nos perguntar por que ele escolhe Vicente para ser sua cobaia. Ele o escolhe com um propósito. Atualmente os estudos da perversão trazem um conceito que implica em vínculo particular e interpessoal que consiste em um jogo de identificações projetivas e introspectivas de núcleos psicóticos, estes são processados pelo participante de uma maneira que um fica preso ao outro (ZIMERMAM, 2010).

Toda pessoa perversa apresenta uma dissociação em sua personalidade (ZIMERMAN, 2008). Isso significa que o sujeito perverso em parte do dia pode ser um cidadão respeitado e na outra parte do dia, adotar uma postura inadequada e vulgar. É o que observamos no Dr. Robert. Ele possuía boas relações sociais, frequentava festas e encontros científicos. Em seu meio social, ele era um famoso e conceituado cirurgião e cientista de quem ninguém desconfiava que no fim do dia, o mesmo realizava atos cruéis com um ser humano acorrentado e preso em sua clínica particular.

CONCLUSÃO

Após a análise do personagem Robert Ledgard e de compararmos suas atitudes com as diversas características clínicas inerentes a um sujeito com estrutura perversa, concluímos que o mesmo possui tal estrutura, uma vez que foi possível observar através de suas condutas, evidências que corroboram essa conclusão.

A realização do presente trabalho foi relevante uma vez que foi possível visualizar na prática a teoria psicanalítica das estruturas clínicas, bem como vislumbrar o perfil de um sujeito com estrutura perversa, o que no proporcionou compreender o diagnóstico clínico a partir de um estudo de caso.

REFERÊNCIAS

BACHA, M. S. O. . O Conceito das Estruturas Clínicas Neurose e Psicose para a Psicanálise. Revista Científica do HCE, v. ano 3, p. 115-122, 2008.

PIRES, Andréa Lucena de Souza, PIRES, Angela Lucena de Souza, BICALHO, Clovis Figueiredo Sette, VERGARA, Eliana Monteiro de Moura, FONSECA, Maria Carolina Bellico, LAENDER, Nadja Ribeiro. (2004). Perversão - estrutura ou montagem?

ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica, clínica–uma abordagem didática. Artmed Editora, 2010.

ZIMERMAN, David E. Manual de técnica psicanalítica: uma re-visão. Artmed Editora, 2008.

 
 
 
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