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O QUINTO MANDAMENTO

  • gavetapsi
  • 11 de mar. de 2016
  • 4 min de leitura

Análise estrutural do filme O Quinto Mandamento

ALEXANDRIA, Ana Claudia Rafael BARBOSA, Thays Santana BARROS, Jessica Oliveira CARVALHO, Ana Claudia de Sousa FONSECA, Maria Janicleia Inocencio GOMES, Renata Thaís de Holanda SILVA, Suelany Gomes

RESUMO

Neste artigo é apresentada uma analise estrutural do personagem Vitor, no filme O quinto mandamento, considerando sua infância até sua fase adulta e fazendo uma ponte com a estrutura de perversão. Tem como objetivo estabelecer a relação entre o sujeito e a estrutura de perversão, apontando a similaridade em relação ao comportamento do sujeito e a definição de perversão. Enfatizando que na perversão as atitudes do sujeito são de forma consciente, mesmo sendo uma conduta oposta a da normal, para ele tudo esta dentro da sua moral e ética, considerando acontecimentos ocorridos na sua infância e adolescência, e nas alterações ocorridas por eles.

Palavras-chave: O quinto mandamento, perversão, estrutura

ABSTRACT

This paper presents a structural analysis of Vitor character in the film The Fifth Commandment, given his childhood to his adulthood and building a bridge with the perversion structure. It aims to establish the relationship between the subject and the perversion structure, pointing out the similarity to the subject's behavior and the definition of perversion. Emphasizing that the perversion attitudes of the subject are consciously, even though an opposite conduct to normal, for him all this within their moral and ethical considering events in his childhood and adolescence, and the changes for them.

Keywords: The fifth commandment, perversion, structure

O personagem do filme O quinto mandamento Victor, teve uma infância conturbada, morava com sua mãe mulher muito religiosa em uma cidade no interior do México onde após sua mãe tê-lo encontrado se masturbando em baixos dos lençóis na cama levou o garoto para o padre tirar os demônios que supostamente incorporava o garoto, a partir dai o menino passou a frequentar o catecismo e era muito empenhado em aprender os mandamentos certo dia o garoto após o catecismo teve que esperar a mãe vim busca-lo na casa do padre onde aconteceu o abuso sexual, com os sucessivos abusos Victor passou a escutar vozes que ele interpretava como vinda de demônios, desde então tornou-se solitário, o mesmo contou para a mãe que não acreditou nas suas historias isso fez com quer ele tomasse ódio da sua mãe que insistia com os demônios e o padre enfatizava para que não fosse descoberto, o menino cansado dos maus tratos da mãe e dos abusos sexuais fugiu. Onde começou sua saga em matar mulheres que pra ele era mal vista aos olhos de Deus, pois pensavam só em sexo e isso era abominável aos seus olhos, porem essa verdade que ele criou era só dele . Antes de matar sua vitimas ele explicava que aquilo era o correto que ele estava livrando o mundo de mulheres que tinham pensamentos impuros a vista de Deus, depois que as matavam fazia sexo anal com as mesma isso remete claramente a sua infância dolorosa e deixava a marca de um cruz nas costas das vitimas, remetendo características da perversão. O personagem se enquadra numa estrutura perversa, a parte psicótica de sua personalidade diante de determinadas angústias intoleráveis, remete o sujeito a atuações perversas, suas pulsões não são dirigidas a um objeto normal, esse objeto é substituído por outro antinatural, como a necrofilia praticada por ele. Os sujeitos com perversão consideram essas alterações como sendo boas e normais para a ética do mundo onde ele vive, o que implica em uma escolha, da qual ele é consciente, de uma conduta oposta a da normal, desafiando as leis, sabendo que com os seus atos ele ultraja a de seus pares e a ordem social, o perverso não busca primeiramente a sensualidade; antes, comporta-se como uma triunfante “válvula de escape maníaca” contra as ansiedades paranoides e, especialmente, as depressivas. Pode-se dizer que uma pessoa com perversão idealiza a sexualidade pré-genital, as zonas erógenas e os objetos parciais, especialmente os anais, e, mercê do recurso da renegação ele apresenta um estado de uma compulsão a idealizar, assim pretendendo impor essas suas ilusões aos outros. Devido a essa constante dissociação, que mantem o sujeito em um estado de constante vigilância, parece que, em tais casos, o prazer sexual nunca é plenamente atingido. O perverso, em seu agir, é comandado pelo imperativo categórico do gozo: vive para o gozo, para apoderar-se dele, organizá-lo e prorrogá-lo. O desejo, na perversão, não surge como uma pergunta pelo desejo do Outro, como na neurose. Ele se faz presente como uma resposta dura e inflexível, sob a forma de vontade de gozo.

Concluímos que Vitor em sua infância foi criado de forma muito rígida por sua mãe religiosa e muitas vezes castrado em sua educação para se adequar as normas ditadas pela igreja, sofreu abusos sexuais no fim da sua infância por aquele que passou a vida ouvindo de sua mãe ser um homem puro. Por todos esses acontecimentos na pré-adolescência e a forma como foi criado se tornou um perverso e justificava todos os seus atos com a religião.

REFERÊNCIAS

Zimerman, David E. Fundamentos psicanalíticos [recurso eletrônico] : teoria, técnica e clínica : uma abordagem didática / David E. Zimerman. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007. Páginas 253 à 260.

 
 
 
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