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CENTOPEIA HUMANA

  • gavetapsi
  • 7 de abr. de 2016
  • 4 min de leitura

Análise da personalidade do personagem Dr. Jospher Heiter do filme “A centopeia humana”

Almeida, A. A. Holmes, A. C. Lucena, A. de S. Oliveira, A. de S. Oliveira, J. S. de Sales, A. dos S. Vieira, V. R.

RESUMO

O filme “A Centopeia Humana” conta a história do Dr. Joseph Heiter, um cirurgião alemão aposentado e especialista em separar gêmeos siameses, que tem o desejo de criar um animal novo através da justaposição cirúrgica de indivíduos de um mesmo espécime. Após uma frustrada experiência com cachorros, ele a refaz com seres humanos interligando três indivíduos através do contato do ânus com a boca, unindo seus tubos digestórios e batizando a sua cria de centopeia humana. O objetivo deste trabalho é analisar o personagem principal através da ótica psicanalítica, baseado-se no conceito das estruturas psíquicas na teoria freudiana. A partir da análise feita foi identificada que a estrutura perversa é a que corresponde adequadamente ao comportamento apresentado pelo sujeito em questão.

Palavras Chaves: Estruturas Psíquicas, Teoria Freudiana, Freud, Perversão, Estrutura Perversa.

  1. DIRCUSSÕES

Ao analisar o comportamento do Dr. Jospher Heiter personagem principal do filme “A centopeia humana” um médico cirurgião bem conceituado e renomado pelas cirurgias em gêmeos siameses, chegamos à conclusão de que sua estrutura psicanalítica, está situada sobre a estrutura perversa que tem como característica o material edipiano. Com fortes componentes narcisistas. Encontramos uma baixa tolerância às frustrações, sua clareza ao arquitetar, assim como ao realizar a concretização de seu plano diabólico é evidenciada no desenvolvimento da história, em todos os momentos ele mostra plena consciência no que estava sendo executado. Á clivagem do ego, também se evidencia utilizado como uma exigência pulcional proibida pela realidade (Zimerman, 2010).

Perante as observações feitas também ficou em evidencia, o que perante a sociedade seria considerado como abominável, para o Dr. Joseph Heiter era apenas algo natural e grandioso. Á também uma forte inclinação em considerar que as suas raízes residem nas primitivas fixações narcisistas como pode ser comprovado, sendo para ele uma busca de reencontro do Ego e o não Ego estavam fundidos assim sendo, para ele mesmo o seu próprio ideal narcisista (Zimerman, 2010).

Foi possível observar seu gosto singular pelas obras de artes abstratas que retratam sua especialidade médica, deixando nítido a reverencia que o mesmo possui por seu status como um grande cirurgião consagrado por sua genialidade. A ausência do convívio social, já que o mesmo mantinha-se isolado do mundo exterior, em determinado momento o personagem deixou claro seu evidente desprezo pelo ser humano expressando a seguinte sentença “...eu odeio os seres humano...” tornando evidente sua perversão social que de acordo com Zimerman, 2010 neste caso, possui uma forte conceituação que pode ser confundindo com a da psicopatia.

Em outro momento do filme, ao apresentar seu projeto às vitimas nota-se resquícios narcisistas ao fazer um ato de referenciar-se, foi possível também analisar quando o mesmo mostrar os detalhes da cirurgia as sua vitimas, seu engrandecimento ao descrever a conexão que seria realizada entre a boca e o ânus mostrando a passagem dos esfíncteres, evidenciando traços de uma possível não conclusão das fases psicossexuais oral secundaria e anal primaria que são caracterizadas como sádicas (Zimerman, 2010). Considerando que essa etapa se caracteriza por um incremento do sadismo com uma tentativa de relação objetal pelas diversas zonas erógenas. O fato de ele quebrar todas as regras, sem medir consequências, burlando todas as normais sociais e principalmente sua ética como profissional, na busca pela concretização desse desejo grotesco premeditadamente, deixa em evidencia sua estrutura perversa.

Na cena em que ele concluiu seu projeto observa-se uma forte inclinação em considerar que suas raízes residem nas primitivas fixações narcisistas ao contemplar sua obra, o ato de beijar sua própria imagem no espelho deixa claro esse aspecto. Aqui ele busca o reencontro do Ego e o não Ego, mencionado por Janine CH. SMIRGL (1992) na obra de Zimerman (2010) “Isso complementa a autora permite que o sujeito nessa condição aspire às quatros ideias ilusórias: a completude, perfeição, e beleza, poder, prestígios e riquezas a imortalidade a superação de falhas e diferenças”.

Observou-se que ao ser confrontado ou questionado seu humor torna-se explosivo, em diversos momentos esses picos de humor ocorrem quando o mesmo também se sente ameaçado de alguma forma. Uma das características mais latentes no personagem é seu evidente desprezo pelo ser humano como já foi citado anteriormente e eventualmente por se mesmo, um fator que se apresenta conflitante ao individuo, pós ao mesmo tempo em que se venera ele também sente desprezo por si próprio. Seu relacionamento com a criatura que ele denominou como centopeia humana, era baseado no sentimento ambivalente de amor e desprezo, ele em nem um momento demonstrou remorso pelo sofrimento causado as suas vitimas. O desfecho do filme foi como era e se esperar trágico, culminando na morte da criatura e de seu criador, que acabou por ser assassinado por policiais que o tinham como o principal suspeito do desaparecimento das vitimas em questão.

 
 
 
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